A parceria tem como principal objetivo colaborar no Projeto Bioeconomia e Cadeias de Valor e alavancar ações em prol da sustentabilidade da cadeia do açaí.

Conectar e aprofundar relações com atores-chave da cadeia do açaí, visando ao fortalecimento do diálogo setorial, à construção de agendas conjuntas e à promoção de um ambiente de negócios inclusivos para o desenvolvimento da bioeconomia sustentável na Amazônia. Esses são alguns dos principais objetivos da iniciativa Diálogos Pró-Açaí, rede multissetorial que, desde 2018, vem sendo conduzida pelo Instituto Terroá em parceria com diferentes organizações, empresas e cooperativas do setor – e que, em outubro de 2021, deu início a um novo e importante ciclo por meio de uma parceria inédita com o projeto Bioeconomia e Cadeias de Valor, desenvolvido no âmbito da parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

As atividades desenvolvidas pelo Terroá no âmbito da iniciativa contarão com o apoio da GIZ e MAPA até dezembro de 2023 e serão estruturadas ao longo de cinco eixos: (i) Manutenção do Diálogos Pró-Açaí e engajamento de partes interessadas; (ii) Fortalecimento da Gestão do Conhecimento da própria cadeia de valor; (iii) Apoio a empreendimentos comunitários que atuam com açaí; (iv) Incidência em políticas públicas; e (v) Ações de comunicação junto aos principais interessados na cadeia. Enquanto estratégia para alavancar a bioeconomia e a comercialização de produtos extrativistas de empreendimentos comunitários da Amazônia, o fortalecimento da cadeia de valor do açaí é o principal resultado ambicionado pela parceria.  

Para Renata Guerreiro, Coordenadora de Projetos do Instituto Terroá, “a parceria estabelecida é fundamental para alavancar as demandas que vêm sendo colocadas pelo coletivo do Diálogos Pró-Açaí a partir do olhar de diferentes setores, por meio de ações estratégicas que visam à sustentabilidade e à construção de relações justas ao longo dessa cadeia de valor”. Segundo ela, “o projeto que se inicia é essencial para o desenvolvimento de uma bioeconomia inclusiva, que se relaciona aos produtos da floresta amazônica de grande valor econômico associada aos modos de vida das comunidades agroextrativistas, com base em um desenvolvimento sustentável a partir dos seus principais pilares – ambiental, social e econômico”.

O Diretor de Projetos do Instituto Terroá, Luís Fernando Iozzi, avalia com esperança o início de um novo ciclo do projeto: “Acredito que o projeto possa provocar sugestões importantes para políticas públicas do setor, além de criar e disseminar estratégias de sustentabilidade de ponta a ponta na cadeia, apoiando, ainda, cooperativas de produtores ligadas a comunidades tradicionais da Amazônia. Nossa busca, junto aos diversos membros do Diálogos Pró-Açaí, será para contribuir com uma cadeia de valor mais sustentável e inclusiva”. 

Tatiana Balzon, diretora do projeto Bioeconomia e Cadeias de Valor, lembra que “para a GIZ, não existe bioeconomia se não existir o empoderamento de Povos e Comunidades Tradicionais. São eles os protagonistas da bioeconomia, mantendo as florestas em pé. Suas práticas tradicionais utilizam os recursos da floresta com sabedoria, respeito e sustentabilidade. Espaços de articulação, como o Diálogos do Açaí, são uma ótima oportunidade para discutirmos soluções que cheguem até essas populações. Queremos consolidar  a interação entre empreendimentos comunitários, empresas e o setor público, discutindo vantagens, benefícios e práticas viáveis que as estratégias da bioeconomia podem promover. E estamos muito felizes em apoiar esses diálogos em articulação com o Instituto Terroá, um parceiro de anos, cujo trabalho em processos participativos admiramos muito”. 

Diálogos Pró Açaí

A iniciativa “Diálogos Pró Açaí” teve origem, em 2018, no “Projeto Mercados Verdes e Consumo Sustentável”, parceria entre o MAPA e a GIZ, e se mantém em interlocução contínua desde então. Atualmente, suas atividades são facilitadas pelo Instituto Terroá, e diversas organizações parceiras têm apoiado a iniciativa, como o IPAM Amazônia, a Plataforma Brasileira de Normas Voluntárias de Sustentabilidade, por meio do INMETRO, o WWF-Brasil, o Projeto Private Business Action for Biodiversity (PBAB/GIZ), o Projeto Cadeias de Valor Sustentáveis (ICMBIO/US Forest Service), o Instituto Conexsus, o Projeto Bem Diverso (EMBRAPA/ PNUD/GEF), assim como diferentes empresas e cooperativas do setor.

Para conhecer mais sobre essa iniciativa, acesse: http://blog.institutoterroa.org/dialogosproacai/.

Compartilhar: